04 março, 2004

Bum dia

Bum dia a todos

A justiça do que parece injustiça

Se pensarmos que so vivemos uma vez, então todo o sofrimento que passamos é injusto, porque sendo Deus Pai, não deveria deixar os seus filhos a sofrer, como bom pai que se preza!
Ora se pensarmos bem, acabamos por verificar, que nada disso faz sentido, sendo apregoado que Deus é bom, e que mesmo assim deixa sofrer os seus filhos, é uma contradição das maiores que podemos aceitar.
Não faz sentido passarmos a vida em sobresaltos, com apenas alguns momentos de felicidade, luatando contra as injustiças que se nos adveem, vendo um mundo de miséria, sem valores e sentimentos nobres, com egoistas por todo o lado, com malfeitores, com pessoas a espezinharem outras, com tanta arrogancia, despotismo, e falta de sensibilidade humana!
Neste caso, e pela ordem do que nos foi então ensinado, a contradição do que vivemos com o que nos está prometido, que é a felicidade total, não faz sentido nenhum, sendo por isso aos nossos olhos mais desatentos uma quimera!
Quando olhamos para as crianças que sofrem por esse mundo fora, sem pão, sem leite, sem amor, violentadas das piores formas, sem nexo, sem pudor, revoltamo-nos, e nessas alturas, devido ao pouco esclarecimento que temos, nos viramos para Deus, e dizemos a nós próprios que Ele é injusto, que nao deveria ser assim, porque nenhuma pai que se digne, deixa sofrer seus filhos.
Posto isto, e porque também era a razão que me assistia até a uns tempos atrás, fazendo da minha pouca inteligencia analise a todas estas contradições, acabei por dar comigo a pensar, que no mundo tudo tem uma lógica, e, quem fez este mundo com tanta lógica, não poderia deixar esta lacuna tão grande existir, a menos que mais uma vez, não fizesse sentido.
Se procurarmos nos ensinamentos de quase todas as religiões, acabamos por perceber, que, todas elas falam de uma ou de outra forma, em redenção, reencarnação, para não falar de uma outra que está completamente errada pela tradução que foi feita, que é a de ressureição, pois a ressureição implicaria voltar ao mesmo corpo, e o corpo é matéria e como tal, desagrega-se e nao tem hipotese alguma de voltar a ser o que era.
Posto isto, e falando de reencarnação, note-se que hoje já não é tabu, nem é obscura a ideia de cá voltarmos, senão veja-se até os ditados populares, que dizem, fazes nesta e pagas na outra, o que pressopões que cá voltas, e nesse caso já as coisas mudam de figura.
Pondo o a minha pouca inteligencia a funcionar, dei comigo a pensar que, assim sendo, se cá voltamos, alguma razão existe, no sofrimento que passamos, e terá necessáriamente de servir para alguma coisa.
Vejamos então o que fazemos aos nossos filhos.
Quando um filho nosso esta no inicio do desenvolvimento, faz naturalmente asneiras, provoca males, estraga coisas, magoa-se, comete erros com muita naturalidade, e, com estes erros, nós pais lhes chamamos a atenção, para que eles não voltem a cometer esses erros, as vezes com pequenos castigos, para que eles sintam que estão a fazer muito mal, e não o voltem a fazer.
Á nossa dimensão, os castigos que aplicamos, algumas vezes são crueis, como por exemplo a pena de morte, que deveria ser totalmente abolida, pois ninguem tem o direito de tirar a vida a ninguém, e até como compreenderemos depois, interromper a aprendizagem desse que cometeu os crimes, pelo sofrimento que iria passar se estivesse apenas e somente preso!
Ora se Deus é pai, o que faria Ele, aos seus filhos que cometem crimes, que sao egoistas, despotas, arrogantes, injustos, maldosos, sem sensibilidade fraterna? iria favorece-los perdoando-lhes sempre, sem terem o castigo para se poderem arrepender, e melhorarem a todos os niveis, e poderem tornar-se pessoas melhores?, ou por outro lado, deveria fazer sentir aquele que fez mal, exactamente o sentimento que provou aquele que sofreu as maldades cometidas pelos seus opositores? que sentido faria, querendo Deus que nos aperfeiçoemos, não sentirmos na pele, os males que a outros fizemos? aprenderiamos alguma coisa?
E se aqueles que fazem mal ao outros tiverem de passar nesta ou noutra vida pelas mesmas vescicitudes que praticaram? aí ja começamos a compreender o sentido do sofrimento das pessoas, daqueles que sendo de estinto mau, podem sempre por escolha sua (livre arbitrio) mudar o sentido das coisas, tornarem-se pessoas melhores, e aí, temos de facto a sensibilidade de um ser perfeito que é Deus, que perdoa, que é bom, que sabe deixar opurtunidades a quem cometeu os erros de se purificar, de ser melhor, de entender o mal que provocaram, e um dia, noutras encarnações futuras, poder estar então repleto de felicidade extrema, com os que junto dele vivem com o mesmo pensamento, o mesmo conhecimento, com a mesma experiencia, e pelas provações que todos passaram, não se tentarem mais a fazer mal, mas apenas o bem a todos, e viverem segundo um padrão que nos é para já inatingivel!
Estamos tão longe dessa perfeição, que será para nós apenas un sonho longincuo, pensar nela, ou obtermos alguma comparação terrena, com essa felicidade, pois nao existe na terra ninguém que possa emitir uma tão boa imagem do que será vivermos essa felicidade da perfeição!
Se pensarem desta maneira, verão que afinal todo o sofrimento que passamos não passa mesmo de uma aprendizagem, e que apenas estamos a elevar-nos, e se quisermos aprender com os nosso erros passados e presentes, subiremos uns degraus, nas proximas encarnações, e cada vez que subirmos uns degraus, menos provas e menos torturas, menos pessoas egoistas, menos dores, menos tristesas, logo, maior felicidade, e quando atingirmos a perfeição, nao nos caberá imaginar neste momento, devido a grosseria do que somos actualmente, o que é a felicidade que nos estará reservada nessa altura!
Porque sempre me foi dito, faz bem e não olhes a quem, esse lema, é o meu lema, e dele quero fazer bastião para aqueles que ainda nao chegaram a esse entendimento, perdoando aos meus inimigos, pois eles apenas foram as ferramentas para eu melhorar, peroando a todos os que de uma forma ou de outra me fizeram chorar, irritar, sentir mal, sofrer, porque como disse, sem sofrimento não há aprendizagem, e logo portanto, quero agradecer a eles, ferramentas da minha aprendizagem, tudo o que fez elevar os sentidos, e aperfeiçoar ainda mais os meus sentimentos!
Um bem hajam e que Deus vos ajude como ja me ajuda a mim a suportar as dores que tenho passado!
Deste vosso amigo

Miro