Meu sonho
Não há balas, morteiros ou granadas
que possam matar as obras sonhadas
não ha veneno macumba ou poção
que desfaça os sonhos do coração
Não há faca de fino gume afiada
nem guilhotina com força motriz
que cale a esperança anunciada
de poder viver um sonho feliz
não há tempestade assolada
vendaval ciclónico flagelado
medo ou voz amordaçada
que silencia o que foi sonhado
o martelo na bigorna o molda
e do fogo da forja despojado
sairá ainda que maltratado
a obra do sonho amassado
E de boca em boca surgirá
de trompetas como trovão
a boa nova que anunciará
o sonho que trago no coração,
Miro Couto
08-02-2022