07 novembro, 2016

A força de uma rosa






A força de uma rosa

Sentado num bar
onde deitava canções
inusitadamente vejo a entrar
três pessoas e dois corações


Meti conversa no meu italiano perro
e porque o meu inglês emigrou cansado
das mazelas feitas, forjadas em ferro
no braseiro da dor que tenho passado


Soltei uma canção,
reflectida da alma quando a torces
que só poderiam ser sentidas
por almas boas, sensíveis e doces 


Na face da senhora, uma lágrima luzidia
ocultada pelo sorriso de bondade
que mesmo saindo apressada, sorria
e não pensei que voltassem mais tarde.


regressou com uma rosa na mão
e um enorme sorriso estendido pelo peito
deu-ma, e tocou-me o coração
que até hoje lhe guardo respeito


Cantei o Adeus tristeza até depois
poema que sempre cantei magoado
sofrido, sentido e chorado
da minha vida que é um fado


mas na memória desse momento
desse encanto enternecedor
a rosa foi o sopro ternurento
De uma senhora mulher, feita flor


Obrigado Á Daniela e ao Mihai Gafencu se ainda se
lembrarem do momento

Sem comentários: