09 novembro, 2019

O Sol e a Lua

Sol e a lua
Não sei que posso fazer, p'ra ver alegria
só sei que sempre me dei e nunca te via
queria tanto dizer-te, com voz de meiguice
que te abraçaria sempre que te visse
os trilhos por onde passamos, já não são cruzados
agora são apenas memórias dos tempos passados
pudera eu mostrar, toda esta ansiedade
de te querer ver sorrir com vontade
vontade feliz, sem ter amarguras
nem passados tristes e as desventuras
apenas sorrisos, apenas verdade
com rostos sadios, em qualquer idade.
Perdi no tempo passado memoria infinita
e agora já nem me lembro do nome da fita
do filme sincero, de amor e ternura
tudo era doce e bela energia pura
talvez um dia possamos lembrar, à luz da lareira
aquilo que foi para mim, mais que a vida inteira
o doce perfume, a suavidade do rosto
o afecto sentido, dum abraço ao sol posto
e ao raiar do dia, onde o amor se prende
sentir que o sol afinal, também se rende
e deixa a lua, ter o seu melhor esplendor
Pois só quando se doa, se poderá ter amor
Miro Couto
09-11-2019

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