Ouvindo a canção
E uma canção flui pelas entranhas
daquelas que a alguém dediquei
com o sentimento que até estranhas
e que provam que sempre amei
sons que nos tornam dolentes
que como acídos asperos corroem
na esperança de sermos valentes
mas que em verdade nada constroem
feitos de sonhos perdidos na lembrança
em que as mãos se uniam com fervor
como almas inquietas com esperança
uniam corpos sedentos de amor
Essas claves escritas na alma
cheias de solfejos invejáveis
com colcheias de suave calma
tornavam melodias infindáveis
talvez nas memórias mais vincadas
que o tempo marcou em brasa
vivam as notícias esperadas
quando regressarmos a casa:
E se a verdade fluisse agora
escrita em aço ou granito
talvez entendessem por fora
o que por dentro eu grito
10-11-2021
Miro Couto
Sem comentários:
Enviar um comentário