23 abril, 2007

Quando damos amor

Encontramos alguém no caminho
e vemos um interior cheio de beleza
damos muito do nosso carinho
quando sentimos que ha pureza

entregamos a nossa amizade
e soltamos as palavras certas
dizemos com toda a verdade
e ficam sentimentos a descoberta

que mal ha no dizer o que se sente
a alguém que se cruza no caminho
e a quem se sabe que nao mente
mas que nao aceita o miminho

as razoes que a nós nos leva
a ter receio de ouvir a verdade
muitas vezes é por raiva
de sofrer tanta maldade

e quando alguém nos fala ao coraçao
e quando nos falam em sentimento
nao aceitamos que seja uma opinião
sincera, amiga, com desprendimento

enquanto nossa alma não lavarmos
das magoas que nos fizeram tão mal
quando com algúem nos cruzamos
não o aceitaremos como um igual

perguntamos ao nosso interior
se nao é mais um interesseiro
que nao conheçe nosso valor
que nao nos vê por inteiro

fechamos o nosso peito
com tanto medo da dor
esse é o nosso defeito
viver com tanto temor

mas sim, ha quem nos veja
ha quem avalie nossa alma
ha sempre alguém que deseja
há sempre alguém que nos ama

mas se não abrirmos o peito
se nao buscarmos a verdade
se nos amam e eu rejeito
nunca poderei ter felicidade

olho para dentro de alguém
vejo que tem muita dor
olho para mim também
e vejo-me um sofredor

mas arrumada e esquecida
a dor que no peito se abriu
fica a minha alma sentida
por outra que me surgiu

e se com medo de errar
nao abrirmos nosso amor
a felicidade nao pode entrar
em todo o seu explendor

esqueço quem mal me fez
abro a alma a felicidade
e espero que desta vez
venha um amor de verdade

Alguem que vi por dentro e que esta como eu, mas disfarça melhor que eu.

Miro

1 comentário:

Kita disse...

O telhado da casa
Mantem-se intacto
Como se cada pedra rolada
Nao o tivesse abalado
Ou estivesse fundeado
Na cave

Como navio ancorado
Assim me mantenho
Erecta na vida
Como se cada sonho desfeito
Estivesse ainda preso
Da minha vontade