Vou andando por aí a procurar
a raiz da paixão que me refresca
a fragrância mais cheirosa que encontrar
é o cheiro da tua pele que me resta
no caminho que percorro a saltitar
e dos jardins floridos já colhi
mas nenhuma das flores tem o ar
que sempre respirei em ti
deambulo pensativo e errante
emerso num clamor de nostalgia
espreito essa frincha atentamente
mas nunca vestígios de ti via
quando à noite em sonhos me visitavas
com ofertas de amor em poesia
rasgava os sonhos que em mim sonhavas
e ficava a espera de viver esse dia
hoje já não sei em que acredito
se nos sonhos que outrora eu sonhei
se apenas alimentei um enorme mito
e só fui eu que te amei
e do amor que verti com vontade
a ferro quente marcado na minha alma
no coração guardado pela metade
pois é metade que me acalma
e nesta ou noutra vida quem sabe
voltaremos a partilhar esse aroma
ou quem sabe ainda saio do coma
e em breve outra maior janela se abre
Miro Couto
03-08-2018
e dos jardins floridos já colhi
mas nenhuma das flores tem o ar
que sempre respirei em ti
deambulo pensativo e errante
emerso num clamor de nostalgia
espreito essa frincha atentamente
mas nunca vestígios de ti via
quando à noite em sonhos me visitavas
com ofertas de amor em poesia
rasgava os sonhos que em mim sonhavas
e ficava a espera de viver esse dia
hoje já não sei em que acredito
se nos sonhos que outrora eu sonhei
se apenas alimentei um enorme mito
e só fui eu que te amei
e do amor que verti com vontade
a ferro quente marcado na minha alma
no coração guardado pela metade
pois é metade que me acalma
e nesta ou noutra vida quem sabe
voltaremos a partilhar esse aroma
ou quem sabe ainda saio do coma
e em breve outra maior janela se abre
Miro Couto
03-08-2018
Sem comentários:
Enviar um comentário