Fuga
Eu quero ir para o monte
que a cidade me aborrece
e que não haja uma ponte
pra gente que não merece
quero cultivar a horta
mais o pão de cada dia
onde possa abrir a porta
a quem me traz alegria
quero levar também comigo
os meus amores meus irmãos
que sentem que nesse abrigo
todos daremos as mãos
la onde o sol nasce primeiro
só se ouvem passarinhos
que cantam o dia inteiro
e é onde fazem os ninhos
quero ser feliz se posso
ter alegria em meu redor
se sozinho vou ao poço
juntos faremos melhor
quero ir para a montanha
sair da cidade depressa
que na cidade não se ganha
a paz que toda a gente peça.
Miro Couto
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