Até um dia
Enquanto estamos num corpo prisioneiros
que não reconhecemos em alguns espelhos
sentimos que a alma grita a falta de liberdade
pelo vigor de outrora que nos dá saudade
Somos passageiros no tempo infinito
num planeta que vive muito aflito
pelos horrores que a humanidade faz
e esperamos pelo dia que se fará paz
Não somo mais que nada, mais que ninguém
apenas viajamos pelo tempo a aprender
e com a certeza que um dia mais aquém
esta nossa vida havemos de entender
e neste sufoco, neste corpo assim preso
mantemos a vontade de lume aceso
de melhor fazer até um dia se partir
com fé que o amanhã traga um melhor porvir
Miro Couto
7-09-2022
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