03 maio, 2024

Cravo vermelho

 Cravo vermelho


Não era só um cravo

na ponta da espingarda

eram os sonhos de novo

por tanta gente almejada


Era o vermelho refletido

dos que caíram no chão

cobertos do sangue perdido

de quem possuía a razão


era o chicote domado

que torturava a nação

o jornal amordaçado

de quem tinha opinião


Eram o sonhos utópicos

duma sociedade mais nobre

era carregar os tópicos

de poder dar voz ao pobre


Eram os sonhos perdidos

de todos os que morreram

sendo mesmo ofendidos

jamais a dignidade perderam


Miro Couto

25-04-2024

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