29 agosto, 2007

Coragem e dignidade

Quantas vezes caímos em situações que nos levam a pensar desistir, de abandonar tudo e partir noutra direcção, ou ás vezes anularmos-nos simplesmente?
Ontem, enquanto conversava com uma amiga, contei-lhe uma pequena história que talvez ajude as pessoas a relfectir um pouco.
Imaginemos que a casa onde fui feliz (viana do castelo), teve uma inundação e nunca mais pude disfrutar daquela casa como me aprazia, e que muito feliz me fazia, e que com as dificuldades financeiras que tenho tido, não deu para reconstruir a casa, e poder passar la uns fins de semana fabulosos como a uns anos passava.
Quando acontece essa desgraça, nós ficamos revoltados e muitas vezes somos capazes de nos virar para o céu, e dizer, mas porquê eu, que nada fiz de mal a ninguém, como quem diz entre linhas, não te estou a entender Pai (Deus).
Coninuamos desolados durante anos, e cabisbaixos porque começamos a perder muita coisas, e até aquilo que sonhavamos parece nao andar em frente, por mais fé que tenhamos, por mais oraçoes que façamos.
Imaginemos então que a tal casa onde fui feliz, a vou ter de vender, e se foi o unico lugar onde fui feliz, a dôr que isso me provocaria, pois, se ja tenho a minha vida esfrangalhada, com mais esta decisão, ainda ficaria com menos bases a que me agarrar, mas... Deus que escreve certo por linhas tortas, tem sempre razão, e...
imaginemos que um dia (como a minha casa fica nas margens e na foz do rio) há uma forte inundaçao e todos os que la habitam teem grandes problemas e alguns deles sao levados pela corrente e morrem? afinal o que é que Deus me ajudou? deixou que alguém mau fizesse de facto um trabalho de maldade, mas... com um final de um bem muito maior, para aquele que só tem feito bem, e que pelo que semeou, deveria colher bons resultados, e nessa altura, por causa da inundação que teve na casa e não voltou lá, nao estaria naquele sitio, e naquele momento, em que a catastrofe aconteceu.
Se repararmos, as vezes, Deus poe-nos a prova a nossa coragem, a nossa capacidade de ter a vida nas nossas maos em termos de pensamentos e obras, e nós a maioria das vezes permitimos que agentes externos, dominem a seu belo prazer, pelos condicionalismos materiais que nos poeem, e vergamos a nossa vida, em função desses bens materiais, que mais não são que adereços, que nao valem nada em caso de uma catastrofe, pois não se comem carros, não se comem casas, não se comem dvd's, não se comem plasmas, nem roupas de marca, nem a vaidade. Numa castastrofe, sobrevivem aqueles que estão prontos a abidicar de si em prol de todos, e não aqueles que esmagam os outros para sobreviver.
Imaginem que amanha, temos um terramoto ou uma catastrofe que nos faça perder tudo (e se repararem, estão a acontecer continuamente pelo mundo), e ficarmos sem bens de especie nenhuma? o que é importante perservar e o que é importante lutar? o que é importante ter? o que é importante ter ao nosso lado?
Bem, pela parte que me toca, quero ter os que me amam, aqueles que se abnegam a favor dos outros, pois nessa altura a sobrevivencia só é possivel, com imenso amor e carinhos entre os que cá ficarem.
Pensem bem na vossa vida, e decidam o que querem para ela, mas... as escolhas estão no limite... e quem escolhe o amor, tera amor, quem escolhe a matéria, terá matéria, mas... depois nao se queixem nos tempos que aí veem.
Beijos a quem é de beijos e abraços a quem é de abraços

Miro

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