As vezes a nossa vida tem momentos de transiçao, como a mudança horária. Temos horario de verão e de inverno, e, nós também transitamos na nossa evoluçao a caminho de termos mais conhecimentos, mais experiencias, e na sua maioria más experiencias, mas que nos podem dar traquejo para tirar grandes lições.
Quando fazemos a transição, há sempre bocados de nós que ficam baralhados, perdidos, sem rumo, como se nos tirassem o chão dos pés, e não soubessemos onde caminhar, nem por onde caminhar.
Nestas alturas, fazemos iimensas introspecções, muitas meditações, para ver onde erramos, porque erramos, onde é que fizemos bem, e onde é que fizemos mal, e até aí ... tudo no sítio, o pronlema é que, por mais voltas que damos a nossa cabeça, não encontramos, pelo menos eu, as razões objectivas dos erros que cometemos, e não quantas vezes, senão quase todas,achamos que não erramos, e que sempre fizemos o que o coração mandou, e portanto, tudo estaria certo. Mas, e a pergunta é complicada, se não sentimos que erramos, que nada fizemos mal, então o porquê de tanta dôr e sofrimento, de tantas apostas em pessoas que nos desiludem, em tantas personagens em que pegamos e as transformamos em melhores pessoas, e que de um momento para o outro, desaparecem da nossa vida, nos deixam sem explicações, de promessas sentidas e de sentimentos que pareciam profundos, que se desvanessem como fumo, e dos quais ficamos boquiabertos por terem sido tão evidentemente rapidos na sua transformação? Bem, sei que isto daria conversa para um libro, mas, a procura incessante das explicaçoes fisicas e materiais da coisa, nunca nos dão respostas satisfatórias, e o vazio instala-se.
Porque demos nós tanto a alguém, que de um momento para o outro desaparece sem deixar rasto, ou que simplesmente mudou de rumo abruptamente, se tudo o que demos foi amor, foi sinceridade, partilha, amizade etc e tal?
Essa pesquisa não é fácil, mas... quando chegamos ao lado exoterico da coisa, para não falar ao lado espiritual, é que começamos a ver e a perceber que há razões que a própria razão (material) desconhece, e deixando deslizar o pensamento, e vagueando pelas várias filosofias que veem desde os tempos mais remotos, tipo Platão, que nos aparece quatrocentos e tal anos antes de Cristo, e nos fala das varias vidas, e da vida para além da vida, e que quando aprofundamos isso a outro conhecimento mais aprofundado, acabamos por entender, que, em imensos casos, nós que sempre damos o nosso melhor, viemos cá para ajudar aqueles de quem gostamos, para oa ajudar a caminhar no sentido da sua evolução, no sentido da sua essencia, e portanto, teremos de sofrer as consequencias dessa promessa que a maioria das vezes, aqueles a quem prometemos ajudar, se recusam a aceitar essa ajuda, a aceitar a sua evlução, e se fascinam pelo lado mais material da vida, se fascinam pelo brilho do (ouro) que não é mais que a porta larga de que Jesus falava, e abandonam aqueles que por promessa e por amor, os tentam ajudar.
Assim sendo, e, porque conheço imensa gente a passar por situaçoes destas, apenas quero dar a minha mão aqueles que sentem como eu e passam pelo que eu passo, que, apesar do sofrimento que sentimos, por termos dado o melhor, por termos dado o amor necessário, por termos posto em causa a nossa vida, por termos ficado magoados e com marcas pelo insucesso do que nos prometemos fazer, resta a consolação, que se prometemos ajudar, é porque ja caminhamos por uma caminho mais elevado, e não somos nós que perdemos, ou não nos devemos sentir frustrados pelo insucesso daqueles a quem tentamos tudo dar e ajudar, mas apenas pensar que quem falhou, não fomos nós, porque tudo fizemos para que eles estivessem bem e no caminho, e eles, ao comportarem-se da maneira como se comportam, são os que perderam a opurtunidade de serem ajudados, de serem encaminhados, de receber a ajuda amorosa a que nos devotamos. Já agora, imaginem o vosso anjo da guarda a esforçar-se para que voces sigam o caminho do bem e do altruismo, e a verem que se desviam incessantemente dele, ou, pior ainda, imaginem, na mesma condição, que são voces os anjos da guarda de um filho, e que tudo fazem para que ele seja alguém, que seja sério, honesto, seja cumpridor, que honre a sua palavra, e o vejam sempre a fugir as regras, a criar problemas com mentiras e com falta de caracter, e voces a sentirem-se impotentes para conseguir o objectivo primeiro da vossa vida que é educar? É frustrante, mas, como disse, quando damos o nosso melhor, a responsabilidade nao é nossa, mas sim daqueles que nao querem andar na linha recta, daqueles que sao hipocritas, daqueles que sao mal formados, e que com tanto amor e dedicaçao, lhe tentamos tudo dar, para os ajudar na caminhada, e nesse caso, as vezes resta fazer o que eu fiz... desligar a ficha e estar-me a cagar, carregar novo software, e dizer, dei o meu melhor a todos os que me rodeiam, dei o meu amor e a minha amizade e toda a sabedoria que tinha, aqueles que me rodearam, se não aproveitaram, problema deles, responsabilidade deles, e, devemos sentir que o nosso papel de caminheiros de ajuda foi cumprido, e aqueles que nao aprendem pelo amor... lá chegarão com a dôr, pois tudo o que se semeia um dia... seja la quando fôr, colhe-se, e, nessa altura (são mais de muitas as vezes que passados tempos me veem dar razão ao que eu preveni, embora nalguns casos demorou muito tempo, e o mais longo foi 4 anos), veem com as lagrimas soltas, dizer que foram burros, que foram parvos, que se sabiam.... que seu eu soubesse... mas... não aproveitaram equanto lhes foi dado.
Por mim, estou a ligar as fichas com novo software, e usando algumas maximas que fui aprendendo, como por exemplo... cá em casa... ama-se as 22, quem está está, quem não está estivesse, o que quer dizer por outras palavras, que, temos amor para dar, quem sabe receber receba, quem nao sabe, paciencia, retira-se da frente que o que mais aí não falta é quem precise de carinho e amor.
Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços, mas... de consciencia tranquila por saber que tudo o que até hoje fiz, foi com amor, com dedicaçao, e quem nao o sabe receber... não perco tempo a gastar as minhas pérolas, nem as minhas emoçoes, porque como disse, há muito quem precise delas... e a esses... sejam benvindos.
Miro
19 outubro, 2007
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