12 novembro, 2007

Firme e Hirto

Não importa como nos vêem, mas importa como nós nos vemos. Seguir padrões sociais que estão totalmente corrompidos pela vaidade, pelo egoísmo, pela hipocrisia, pela ganância, enfim por todos e mais alguns predicados pobres, leva-nos a ser o que a sociedade quer que sejamos, e não a ser aquilo que desejamos ser.

Se empurrados pela sociedade, ou pelas posturas do socialmente aceite, e a mesma coisa que nos algemar-mos e estarmos presos, e com as nossas convicções esmagadas pelos preconceitos e tabus que a sociedade nos tenta impor, e tornar-mos simples robots que são controlados a distancia, por mentes impiedosas que estudam comportamentos humanos, e que sabem tirar partido das fraquezas do ser humano enquanto é esmagado com os medos que o poder nos faz desde que nascemos.

A criatividade e a felicidade que poderíamos ter se fossemos nós próprios em vez de sermos aquilo que as mentes perversas nos infligem, com mensagens continuas que nos atrofiam a vontade e nos CRIAM necessidades que não temos, é a melhor forma de sustentar toda a disparidade social que existe, e da qual perdemos o control por deixarmos o nosso ego mandar mais que a nossa essência.

Comprar coisas em excesso e que nada nos servem, adquirir cultura a metro para podermos mostrar ao mundo que temos conhecimento e cultura, e essa mesma cultura não é serventia para aprendizagem e para a nossa própria evolução, é o mesmo que tirar um curso de engenharia e ir operar pessoas doentes.

Se percebêssemos o quanto os grandes grupos económicos nos fazem, criando-nos desejos e vontades para conseguirem manter os seus desejos de ter cada vez mais, sem se preocuparem com a sociedade, e que nós pelo nosso ego permitimos perfeitamente seguir, talvez o sentido de humanidade e de amor pelos outros crescesse em vez de crescerem as desigualdades sociais que cada vez mais são maiores.

Posso ser um incompreendido, podem chamar-me louco, podem chamar-me utópico, podem chamar-me o que quiserem, mas pelo menos reflictam a vossa vida, e pensem o quanto seria bom para a humanidade, que em vez de excessivos consumistas, déssemos um pouco de nós aqueles que nada teem, nem que seja uma palavra sentida de carinho, por uma lágrima que cai de uma face, ou, um abraço sentido a quem esta no chão sem forças para se levantar.
Beijos a quem é de beijos e abraços a quem é de abraços
Miro

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