03 janeiro, 2009

Desejos de um novo ano




Há quem comece o ano de várias formas, uns mais optimistas, tentam depositar no novo ano as esperanças criadas para uma vida melhor, mais serena, com mais paz, outros por seu lado, começam a pensar em estar derrotados e sem rumo.
Naturalmente que cada ser é um ser diferente, e logo por isso tem objectivos e sonhos diferentes, mas poucos são aqueles que possam dizer que estão á espera de colher o que semeiam, e na maioria das vezes muito pelo contrário, querem e mais e mais, e tentando mostrar aos outros que são melhores e mais vencedores que eles.

Enfim, se o optimismo das pessoas passasse pela sementeira do que fizeram, então as expectativas teriam uma base sólida para que mantivessem a fé e a esperança de que melhores dias haveriam de ter, e que a colheita do que semearam seria farta e abundante, e aí sim, provavelmente teríamos mais justiça, mais amor pelos outros, muita paz.

Mas será que conseguimos analisar os nossos sentimentos, as nossas acções, os nossos pensamentos em relação aos outros e estarmos serenos e tranquilos em relação ao futuro? De que depende a tranquilidade mental e a paz interior que temos quando nos encontramos em situações bem difíceis da nossa vida? Será que é termos a consciência tranquila de que tudo fizemos pelos outros com dignidade, com carinho, com amor, que demos sempre o nosso melhor aos outros, que abdicamos de nós em relação aos outros, ou se pelo contrário fomos egoístas, fomos indiferentes ao que os outros passam, e como é óbvio não ligamos aos problemas dos outros?
O que será que andamos a semear? O que esperamos colher?

Bem, se andamos erradamente a olhar para o nosso umbigo, não podemos colher nada a não ser o fruto das nossas atitudes, o fruto da nossa indiferença pelos outros, o fruto de não sermos apoiados e ajudados porque também não o fizemos por ninguém. Se por acaso fizemos mal aos outros, se por acaso lhes desejamos mal, se por acaso atropelamos as pessoas para a nossa própria conveniência e para conseguir frutos que de outra maneira não os conseguiríamos então o que iremos colher no futuro?

Que eu saiba, ninguém deita á terra cebolas e colhe batatas, e quando se semeia um grão de milho, não nasce outro grão de milho, mas sim uma espiga com imensos grãos, portanto será pertinente dizer, o que semearam em vossa consciência?

Voltando ao inicio, basta dizer que quem bem semeou, deve manter a fé e acreditar que a colheita vem, quem bem semeou, terá de acreditar que mesmo em situações de naufrágio alguém nos atira uma bóia até que cheguemos a terra segura, portanto, quem iniciou o ano a fazer os desejos com as uvas passas ou com brindes exuberantes, quanto a mim, deveria pensar que o ano que vem, será sempre o fruto do que continuares a semear até que a colheita se faça, e ás vezes, planta-se uma arvore bonita e muito forte, mas porque ela quis ter boas raízes, ás vezes só da os bons e fartos frutos passados alguns anos, quando já estava bem consolidada na terra, e aguentava o peso de tanta fartura.

Já agora vale a pena pensar nisto… e que este novo ano, vos de em fartura a colheita de todo o bem que semearam.

Beijos a quem é de beijos e abraços a quem é de abraços

Miro

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