16 abril, 2018

Não posso morrer já

Não posso morrer já

Não posso desistir porque preciso de mim
não hoje, que estou farto e cheio de cansaço
mas no futuro em que voltar, em que aqui nasço
não encontrar este mundo imundo assim

Não posso desistir agora, de semear o futuro
de querer mudar este mundo tão duro
e torna-lo lugar melhor para habitar
onde em liberdade se possa verdadeiramente amar

Não posso ceder neste guerra, infernal e desumana
que tira tudo, a quem tem dignidade e não engana
mas que tudo dá a quem mutila a alma com dor
e nos tira o pão da boca mesmo ganho com suor.

Não posso ceder à tentação que me indigna
que me leva a ter uma ideia demasiado maligna
de vencer de maneira violenta esse poder
que humilha, maltrata, escraviza e esmaga o amor.

Não posso, porque ainda faço falta para a mudança
para ajudar na bonança que há-de vir a seguir
depois da tribulação que emerge, e ninguém ira rir
onde morrerá e cairá toda a imberbe cagança

Por vontade interior, da alma amarrotada
ja tinha dado dois murros, nessa canalhada
e deixar o resto da vida presa em cadeia
mas, em desespero me ilumina uma candeia
das almas que me protegem sem querer nada
e que a minha chama que se apaga, incendeia.

Nao posso desistir já, senhores do poder, CANALHAS
mas contem em por meu corpo em mortalhas
se tudo isto não mudar, como penso e sonho
se desumano continuar, na garganta as mãos vos ponho.

Miro Couto.

A canalhada que nos tem governado, e dedicado especialmente ao ministro da segurança social

Sou quem sabes maria alice.

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