Ai ditos revolucionários de outras eras que lutam quimeras que eu nunca vivi
lutam a todo pano neste oceano em que nasci
fazem em coro promessas mas são tão dispersas que ninguém acredita
levantam punhos cerrados mas bastam uns trocados e e já ninguém grita
tanta amargura mostra aquele que posta neste e noutro jornal
desafia tiranos com escrita de enganos e se finge imortal
faz reuniões comezinhas a ver se alinhas por eles querer
Mas quando cai a desgraça, metem a mordaça e não querem saber.
Ah que saudades eu tenho da malta que comigo um dia seguia
eram desafoitados, eram companheiros e ninguém dormia
hoje não passam de sonhos, que acordados não queremos sonhar
ficaram todos cansados e acomodados não querem berrar
São assim os revolucionários efémeros com sonhos trémulos e sem confiança
que tanto prometeram e tanto disseram com toda a cagança
agora é vê-los enfeitados, com cores bem garridas mas sem investidas contra o poder
comem e bebem á Lorde, e o povo, esse que sofre, todos os mandam foder.
Queria tanto acreditar que gente com novo ar cheio de cidadania
pegava em ordens de voz, e com ar feroz vencia a tirania
mas vejo-os em mansos cordeiros, metidos em vespeiros de ar agoirento
e fico a pensar que em vez de lutar para tudo mudar, acho que rebento
gentes sem voz, daqueles que só são abandonados
esses que vergaram aços com a carne em pedaços libertaram algemas
deram a estes farsolas um poder enorme que nos consome por todos os lados
e sem razão, metem na prisão quem não cala e come, com duras penas
Um dia senhores, um dia, a voz de novo se levantará e vibrará de loucura e depois direis,
de forma pobre que foi culpa do PREC, a vossa dissimulada ditadura
e queixareis dos rebeldes, calados, que cruxificais todos os dias
de acções violentas, de mortes sangrentas, das vossas actuais covardias.
CANALHAS de toda a espécie, acordai, o vosso tempo está a chegar
e ninguém pode calar, a dor que aperta o coração humano
do que não pode com amor e carinhos a dignidade providenciar,
e depois em defesa estúpida e mesquinha direis que foi engano.
Miro Couto
desafia tiranos com escrita de enganos e se finge imortal
faz reuniões comezinhas a ver se alinhas por eles querer
Mas quando cai a desgraça, metem a mordaça e não querem saber.
Ah que saudades eu tenho da malta que comigo um dia seguia
eram desafoitados, eram companheiros e ninguém dormia
hoje não passam de sonhos, que acordados não queremos sonhar
ficaram todos cansados e acomodados não querem berrar
São assim os revolucionários efémeros com sonhos trémulos e sem confiança
que tanto prometeram e tanto disseram com toda a cagança
agora é vê-los enfeitados, com cores bem garridas mas sem investidas contra o poder
comem e bebem á Lorde, e o povo, esse que sofre, todos os mandam foder.
Queria tanto acreditar que gente com novo ar cheio de cidadania
pegava em ordens de voz, e com ar feroz vencia a tirania
mas vejo-os em mansos cordeiros, metidos em vespeiros de ar agoirento
e fico a pensar que em vez de lutar para tudo mudar, acho que rebento
gentes sem voz, daqueles que só são abandonados
esses que vergaram aços com a carne em pedaços libertaram algemas
deram a estes farsolas um poder enorme que nos consome por todos os lados
e sem razão, metem na prisão quem não cala e come, com duras penas
Um dia senhores, um dia, a voz de novo se levantará e vibrará de loucura e depois direis,
de forma pobre que foi culpa do PREC, a vossa dissimulada ditadura
e queixareis dos rebeldes, calados, que cruxificais todos os dias
de acções violentas, de mortes sangrentas, das vossas actuais covardias.
CANALHAS de toda a espécie, acordai, o vosso tempo está a chegar
e ninguém pode calar, a dor que aperta o coração humano
do que não pode com amor e carinhos a dignidade providenciar,
e depois em defesa estúpida e mesquinha direis que foi engano.
Miro Couto
Sem comentários:
Enviar um comentário