Ai, o amor
O amor não tem idioma
tem brilho no olhar
tem lágrimas no coração
tem alegrias infindas
suaves e simples acção
tem perfume e sorrisos
saídos em contra mão
tem afectos e carícias
dados só por prazer
tem ternuras, afagos
para quem está a sofrer
tem uma flor emprestada
num abraço sincero
tem a alma retalhada
por quem vive em desespero
tem fascínio enrugado
de tempos que já lá vão
tem poema declamado
cheio de boa intenção
e uma garrafa cheia
de tudo o que der prazer
saber que o que se semeia
um dia se irá colher
Amor é agua que corre
nas veias da humanidade
é o odor que nos move
sentindo fraternidade
é vulcão expelindo cinzas
quando se torna paixão
é a paz de um abraço
cheio de emoção
é o raiar de esperança
desta pobre humanidade
que só o amor dança
quando já tem mais idade.
Miro Couto
28-02-2021
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