13 abril, 2009

O medo



O Medo


É só medo neste degredo

Tem medo do que não sabem

Tem medo do que convém

Tem medo até do medo

Mas não sabem que o medo

Até ele tem medo também

Tem medo de viver

Tem medo de sentir

Tem medo de amar

Tem medo de se insurgir

Tem medo de perder

Tem medo de não conseguir

Tem medo de conhecer

Os medos que hão-de vir

Tem medo de sentir medo

Tem medo de se assustar

Tem medo de perceber

O que a vida tem para dar

Tem medo das tempestades

Tem medo das florestas

Tem medo de não conseguir

Vencer batalhas honestas

Tem medo de ser feliz

Quando a família te diz

Desiste, ou perdes tudo

E fica o medo absurdo

De perder o que não temos

Que apenas foi emprestado

Nesta vida que vivemos

Ah! Mas será que o medo me vence?

Nunca!

Nunca abandonarei o que quero

Nunca permitirei influencias

Seguirei sempre o meu rumo

Contra todas as conveniências

Qual medo qual carapuça

Se o medo de mim tem medo

O medo é um cobarde

Que se inflitra em nossa mente

Que nos engana permanentemente

Que nos cria a ilusão

De pensarmos que temos na mão

Um punhado de matéria

Que mostra a esta sociedade podre

Que somos vencedores, que somos melhores

No mais puro engano inconsciente

Que mete medo a muita gente

Quem tem medo de morrer

É porque não ama a vida

Abaixa-se, nega-se, rejeita-se

Anula-se, oprime-se, faz frete

Sofre no silencio a que se remete

Por medo de ser igual a si

E por isso não se ri

Apenas e somente sorri

Com hipocrisia latente

Para agradar a toda a gente

Qual medo, que merda é essa

Se nós somos seres eternos

E se nesta vida não conseguirmos

Viver com amor próprio

Fazer o que sonhamos e desejamos

Em vez de andar ao sabor dos outros

Pensar com a cabeça que temos

Ignorar as maledicências proferidas

E viver com alegria e amor

Expressas de firme vontade

De apenas viver a realidade

De sentir o perfume com prazer

De sermos nós a decidir o caminho

E dizer ao medo baixinho…

Olha… vai-te F*****

Até jazz

Beijos a quem é de beijos e abraços a quem é de abraços

Miro

4 comentários:

Anónimo disse...

Pois os medos...devoram muitas vidas.....nesta plenitude que deveriam ser a transparencia dos nossos sentimentos existe muitas vezes em cima uma barreira de medo que aniquila tudo naquela vida e muitas vezes na de quem os rodeia...medos.....quem sabe um dia se soltem....uma beijokaaaa

Luís G. T. Silva disse...

Medo?
Quantos são? Até os comemos.
.....
Fortalezas à parte, anda tudo acagaçado. Secalhar temos o que merecemos.
Abraço

Anónimo disse...

o medo é... um sentimento de alerta que serve para nos proteger quando nos sentimos ameaçados.
surgem diferentes medos ao longo da nossa vida...mas não deixamos de viver a nossa vida só porque o medo existe. beijos

Anónimo disse...

Não é facil cortar amarras, seguir em frente de cabeça erguida depois de termos caido no maceiro dos porcos, nem mover montanhas!
Ai os filhos da puta dos nossos medos! :)
Este medo faz-me lembrar "o papão" com que a minha mãe me metia medo quando era pequenina.
Enfim, medos á parte, deixemo-nos de medos e "vamos embora maneli"!
O caminho é seguir em frente!
Nunca desistir!
E se nessario for, até mandar o medo para o cara****! :))
Força rapaz!
Ao teu lado, não temos medo de nada!
Bjoca GRANDE

>*<

carla campos


P.S. - Aquela do dizer baixinho e vai-te fod** tá fantástica! :)