06 dezembro, 2018

Inverno Frio

Inverno Frio

Qual vento frio que me gela a alma inerte
pelas palavras desprovidas de calor
gretam as veias que maculadas de não ter-te
em sentimentos que gritam silvos em redor


podem palavras serem facas afiadas
com que seus gumes separam sem pudor
os corpos etéreos das almas perfumadas
que há muito se perderam por amor


chovem a lágrima há muito por nós deixada
que do vazio escorreita azedume
numa paixão que foi tão dada e delicada
com marcas de ferro quente feito lume


o que perdemos pela estrada que escolhemos
tão sofrida sem prazer, sem alegria
em que destino talvez nos encontremos
para recordar toda a emoção que de nós saía


e podem versos em poemas deslumbrantes
cantar as almas perdidas no seu encanto
que apesar do amor que foi de instantes
reter eternos sentimentos que eu canto.


Miro Couto
06-12-2018



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