23 maio, 2006

Opinião de Manuel Serrão sobre o BCP no JN de 3-5-06

Li no jornal de noticias uma opinião de Manuel Serrão sobre o pedido de emprestimo feito ao BCP de dez mil contos, ao qual o seu gerente de conta lhe disse que depositasse quantia igual ou superior numa conta que seria de garantia ao empréstimo, e que o respectivo Manuel Serrão e muito bem, respondeu que estavam no fundo a fazer dele parvo, e que depois mais em baixo bem a referir que outros bancos o apoiaram sem essas condições, mas, ve-se que o Manuel Serrão, é como ele proprio disse, ingénuo, porque nao é só no BCP que isso acontece, mas sim em todos os bancos, ou seja é pratica corrente dos bancos hoje em dia, fazrem dos clientes parvos, eu diria até mesmo burros, e dizerem-lhes para porem cativo dinheiro de igual valor ou superior ao emprestimo que queremos fazer, o que faz mesmo dos clientes burros, como se não soubessem fazer contas, alegando um spread baixo.
Vejamos como funciona:
O banco fica com uma conta de dez mil contos cativos, dos quais os clientes nao podem mexer, e, empresta esse mesmo valor com um spread "baixo" de 0,5%, e, insistem no spread, que é por aí que a coisa cola, ou seja, como o spread é "baixo", o cliente apanhado de surpresa, fica a pensar que esta a fazer um negócio, mas esta simplesmente a ser VIGARIZADO, pois estão a usar o dinheiro do cliente, para extorquir 0,5% sem riscos, é a mesma coisa que dizer, convido-te a jantar, poe mais um prato na tua mesa. Que se tirem cursos de economia para se aconselhar devidamente as pessoas a orientar-se nos negócios, e a colaborar com elas para criação de riqueza com os bancos como parceria é uma coisa, agora, andarem a tirar cursos de economia para ver quem sabe roubar mais o parceiro?? como pode este país andar em frente se ´de cima para baixo é so ladrões? com cursos superiores! parece que andam todos a estudr a maneira de comer o distraído! como pode haver parcerias honestas, para que se desenvolva a economia, e os bancos ganhem o seu dinheiro com honestidade, como os empresários também, se de facto pomos uma cambada de energumeros a ver se nos conseguem enganar com sorrisos hipocritas?
Senhor empresário Manuel Serrão, não é só o BCP que faz isso, é tb os bancos que a seguir referiu, e nao estou a defender o BCP, que conforme disse e muito bem, eu para esse peditório também ja dei que chegue e nem mais um euro, mas, para quem da artigos de opinião no Jornal de nivel nacional, nao devia manter essa ingenuidade, e, antes de referir que uns são melhores que outros, pergunta quem utiliza os outros, porque SÃO TODOS A MESMA MERDA!
Como referiu e muito bem, bancos como era o BCP no seu inicio, ja nao existem, agora estão a contratar economistas que, das duas tres, ou são BURROS o que nao me parece, ou então são desonestos, porque ao propor uma tal coisa, so se pode chamar de desonestidade.
Aqui segue um pequeno exemplo:


Financiamento à empresa com dinheiro retido a um spread de 0,5 %, 100.000 € retidos numa conta a prazo durante todo o finaciamento por 48 meses cujo diferencial é de 0,5% que se paga ao banco, o que perfaz, um juro real pago ao banco de 0,5% mais taxas.
Financiamento à empresa sem banco, directamente do socio à empresa 100.000 € que nao rendem juros nenhuns no primeiro mês, mas não se pagou 1/12 avos de 0,5%
1º mês amortização da prestação de 2.083,33 € mais 1/12 de juros a 8% que fica em
deposito a prazo por 47 meses a taxa de 5%
2º mês amortização da prestação de 2.083,33 € mais 1/12 de juros a 8% que fica em
deposito a prazo por 46 meses a taxa de 5%
3º a 48º mês amortização da prestação de 2.083,33 € mais 1/12 de juros a 8% que fica em
deposito a prazo por XX meses a taxa de 5%
No primeiro caso, eu perco com um financiamento do banco e com o meu dinheiro retido, 0,5%
de juros do valor do financiamento, embora sejam decrescentes conforme a amortização.
No segundo caso, eu não pago nada ao banco, e retiro da empresa um juro mais elevado, podendo criar juros com depositos a prazo parciais, até chegar ao montante total da amortização, sem ficar mais caro a empresa, uma vez que seria o juro legal em vigor.
Feitas as devidas contas, num caso eu perco 0,5% para o banco, no segundo caso, eu ganho juros a 8%, mais o valor do juro que o banco me pagará pelos sucessivos depósitos a prazo,
dos valores parciais das 48 prestações que vou recebendo do financiamento efectuado.
A diferença é tão grande, que não dá para passar despercebida, no entanto, com panos quentes
pode dar-se a entender aos clientes que ficam a ganhar se forem "financiados" pelo banco a uma
taxa de """"apenas"""", e aqui o apenas é que faz a diferença, de 0,5% de spread, mas até poderia ser de 0,01% que é sempre muito uma vez que o banco não corre riscos, e perante o banco de portugal, tem maiores activos o que lhes permite movimentar mais credito no banco de portugal.
Espero que esta explicação seja suficiente para verem que de facto os bancos são ageis, e fazem
que os seus economistas, não pensem noutra coisa, senão na maneira de enrolar o parceiro,
dando o menos possivel, e retirando o maior numero de dividendos a custa dos outros.

Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços!
Miro

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