25 outubro, 2006

Valores

A questão que me coloco hoje é sobre valores morais, e que tem a haver exactamente com situações que eu vivo, precisamente para poder transmitir aos que querem entender, a minha aprendizagem, e ao mesmo tempo os custos que essa elevação moral acarretam.
Não sendo eu nenhum principe encantado, nem em dinheiro nem em formusura, a verdade é que sempre na minha vida estive rodeado de mulheres, pretendentes ao meu trono de miséria, e sempre (talvez pela minha maneira alegre de ver a vida) tive mais que uma mulher no meu encalce, e quer antes de me casar, quer depois de me divorciar, nao faltavam situações em que apesar da escolha ser multipla, se estava ligado a alguém, me deixava no meu canto, e nao me entretinha com mais ninguém, nem que chovesse potes. Havia alguém que comigo estava, que um dia até apelidou uma pessoa de "fozeira", porque se estava a atirar a mim, mas nao porque eu desse avébias, mas porque achava que conseguiria vencer a pessoa que comigo estava, e, tentar, tentou, mas não conseguiu.
O que estou a tentar mostrar, é que apesar de ter principios, nunca me faltaram pessoas em torno de mim, e, das vezes que me "dei" completamente a alguém , nunca mas nunca me passou pela cabeça sequer, ter mais alguém de permeio, pois nao há na minha maneira de ser, lugar a divisões de alma. A minha alma é só uma, e não a posso entregar a mais que uma pessoa, e muitas vezes, pode o nosso corpo dizer uma coisa, mas a nossa alma, essa, continuará sempre ligada a quem nos é ligado, a quem por motivos mais que óbvios, se prendeu e ficou parte de nós para sempre.
Muita gente gosta de falar em almas gemeas, mas sao apenas espiritos simpaticos, e esses, haverá tantos na terra, quantas pessoas nós pesamos haver como nós, mas, depois de muito andar a atirar feno para tras, raramente se encontra a "tal" agulha no meio do palheiro.
Eu encontrei duas vezes, e a minha alma esta ligada as duas pessoas a quem me dei, e se um dia, voltar a estar bem, poderei dizer que... sempre valeu a pena a integridade com que me entreguei, e valeu a pena ter lutado pelo que acreditei, com dignidade, com sofrimento, mas acima de tudo com muito mas muito amor.
Durante dois anos, nao me quis envolver com ninguém, pois viria a pessoa certa para estar comigo, hoje, depois de muita luta, nao esta, mas a verdade é que, eu continuo integro, cheio de mazelas, mas a acreditar que se nao for assim, de facto a dignidade nao existe, e passamos a ser menos que vulgares animais irracionais. Custa muito aguentar, mas a verdade é que nao pode nem deve ser de outra maneira, senao nada fara sentido.

Miro

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