08 maio, 2006

Palavras não ditas

Ontem tive uma maneira de olhar diferente
vi que á beira da eternidade, as horas passam a voar
o tempo não chegou para dizer tudo o que tinha dentro de mim
mas, deu para sentir que a amizade ficará para durar

gastei as palavras inquietas e sofregas ao dizer amor
molhei as minhas mãos, nas minhas e tuas lagrimas
sem trocarmos palavras envoltas em alguma dor
mas o abraço que nos demos, foi mais forte do que imaginas

não foram corpos a unirem-se numa despedida amarga
nem foram os sentidos esculpidos e retalhados a machadada
foram apenas a tua e a minha alma que precisavam arder
e que por causa desta vil sociedade nao podemos acender

são momentos raros, de beleza trancendente inegualável
aqueles em que as mãos e os labios, ja nao sabem onde tocar
afoitos para segregar os fluidos menos visiveis, é invejável
como jovens estouvados com imensa pressa de chegar

diria eu que sou muito teu amigo, incondicional e presente
a espera de ver sempre um sorriso na tua face, resplandescente
e ver que a felicidade no teu olhar de muito contente
precede da amizade que te dou agora, aqui, e, eternamente!


Miro

1 comentário:

Anónimo disse...

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