09 dezembro, 2005

Perfeição na vida

Talvez porque sempre que tenho alguma coisa que me faz feliz, uma outra coisa impede que essa felicidade seja plena e constante. É claro que nós não gostamos de admitir que a culpa dessa felicidade não ser plena é nossa, e é mais fácil acusarmos a vida, acusarmos os outros, do que pensarmos que somos nós os responsáveis por tudo o que nos acontece, ou, então, estamos a experienciar essas sensações pelo mesmo motivo que se chama ascensão á perfeição.
Quero eu dizer com isto que, segundo o principio da reencarnação, e das leis divinas de causa e efeito, a nossa ainda imperfeição, leva-nos a ter de saber todas as amarguras e todos os "impecilhos" a nossa felicidade, porque, ou ja fizemos mal alguém da mesma maneira que o estamos a sofrer, ou, provocamos esse mal indirectamente e estamos a resgatar as nossas dividas do passado. Posto isto, qual será o caminho para um dia podermos dizer que estamos no céu, e que a nossa vida é de felicidade plena? Ora no pouco que eu entendo da vida e do que andamos ca a fazer, acho que só semeando felicidade aos outros é que poderemos colher um dia a mesma felicidade que semeamos, ou seja, se eu nesta vida der felicidade a muita gente, der amor a muitos mais, der alegria onde não havia, der paz, der calor, der todo o meu melhor pelos outros, um dia, numa outra vida, receberei o que dei, e aí, se ja hoje alguns me invejam pelo pouco que possuo, e que nada faço para isso, imaginem quando atingir um nível em que estarei mais proximo da perfeição, e em que a felicidade estampada é quase plena, nessa altura, a inveja seria tal que quase me mataria com o olhar (ha uma canção que diz isso). Então qual será a formula para aqueles que me invejam, em vez de gastarem energias negativas a pregar aos peixes, porque sera que não tomam a iniciativa de fazerem melhor que eu, de darem amor sincero aos outros, de lhes dar conforto, de abdicarem as vezes de si proprios para ajudarem os outros, de dividirem o pouco que possam ter com um amigo que num determinado momento nao tem nada, e não estou a falar de ter uma conta choruda no banco e fazer um grande filme para emprestar tostões, estou a falar mesmo de dividir os poucos tostões que se teem no bolso, e sermos prestaveis por forma aqueles a quem chamamos amigos, não tenham de nos pedir seja la o que fôr, mas persentirmos que eles precisam e chegarmos a beira deles e disponibilizarmos a nossa amizade para ajudar esses que fazem parte de nós, porque é assim que eu vejo os meus amigos. É assim que alguns amigos teem feito comigo, e embora as vezes nos precalsos que vamos tendo, algumas vezes patrocinados por terceiros, sempre perebemos a magia do amor, e sabemos que hoje sou eu, amanha sereis vós, e eu sei que de mim contais, que se estiver bem vós também estarais, e esse é um dos passos que devemos dar para que o amanha nos seja mais favorável, e que recebamos todo o bem que um dia fizemos, portanto, quanto maior o bem que hoje fizerdes pelo proximo, maior sera o bem que havereis de receber um dia.
A ganancia de olhar so para o nosso umbigo, de ver que um amigo esta em dificuldades e nem sequer sermos capazes de chegar a beira dele e dizer-lhe que estamos ao lado dele, e que o pouco que tenho esta também a disposição dele, o afastarmo-nos deles sempre que achamos que nos vem pedir dinheiro, quando tocam no assunto das suas dificuldades e nós choramos mais que aqueles que precisam para ver se escapamos a ajudar, bem aí, poderemos ter a certeza, que nada na nossa vida anda como almejamos, pois, nao sabemos dar, e portanto, esse ar desconfiado (que só as vezes se apanha) esse egoísmo disfarçado de bondade e amabilidade, esse ciume disfarçado de alegria, esse cinismo de compreensão sorridente, que mais não é que hipocrisia de quem quer vencer sem dar nas vistas, podem crer que não levam a lado nenhum, e então sim, essas pessoas terão motivo de inveja, e não adianta vitimizarem-se para que os outros digam que é coitadinho, mas adiantará dar passos na sua elevação, ou seja começar por abdicar do seu umbigo, e começar a olhar nem que seja ligeiramente para o umbigo daqueles que abriram as portas e os receberam como amigos, sem se preocuparem se eles tinham ou nao tinham bens materiais, mas sim porque estavam mal, e precisavam de apoio moral, uma vez que estavam carentes.
Posto isto, a moralidade de cada um, depende necessáriamente, das suas qualidades morais, e não adianta falar de moralidade a um marginal, ou a um assassino, pois a moralidade dele é tão limitada que ele deixar de matar 5 pessoas, ja fez um bem tão grade e representa uma evolução para ele tão grande, que quase nao cabe dentro dele, tanto esforço produzido, no entanto, aos olhos de seres um nadinha ja mais elevados, so quando esse marginal for capaz de se meter a frente de uma bala para defender a um familiar ou amigo, é que se calhar terá alguém que olhe para a sua moralidade. As moralidades ja nao são o que eram, e portanto, cada um tera a sua, mais ou menos disfarçada, mais ou menos limada, mas, a grande moral começa exactamente na caridade e no amor pelos outros, não pelo mal que nao se fez, mas pelo bem que se conseguiu fazer. Não adianta dizer-mos que não fazemos mal a ninguém, mas adiantará fazer o bem sem esperar resposta ou agredecimentos, adiantará darmos aos nossos amigos, isto para nao chegarmos as palavras de maior elevação que nos deixou Jesus, ao dizer que devemos amar os nossos inimigos, e portanto, se fizermos aos nossos amigos, aquilo que gostaríamos que nos fizessem se estivessemos na suituação deles, é a primeira das obrigações MORAIS que devemos ter.

Não vos maço mais por hoje, mas um dia destes... talvez se volte a abordar este tema... e ja agora, vale a pena pensar nisto.

Mil beijos a quem é de beijos, e em vez da inveja, tentem elevar-se que a retribuição divina se encarregará de vos dar o que mereceis!

Miro

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