Olhamos para a vida e vemos imensidão,
através do pensamento,
construimos castelos de amor, com ilusão
que rolam pelo chão do desalento.
Criamos a nossa volta o imaginário
de uma felicidade que, transitória
nos fustiga e nos seduz bem arbitrário
e nos deixa numa mingua irrisória
transitamos na vida com energia
entregamo-nos com a força da razão
mas o que acontece todo o dia
é ter-mos de lamber bem o chão
apregoamos liberdade a boca farta
como se de liberdade se tratasse
e depois damo-nos conta num impasse
que nao é de liberdade que se trata
metem-nos pelos olhos dentro o que querem
dizem-nos como devemos sobreviver
e não raro, comem-nos o que nos derem
para que nao possamos contradizer
roubam-nos tudo, até a razão
roubam-nos a sede de justiça
roubam-nos ate o nosso pão
roubam-nos também a perguiça
nao somos mais nada acreditai
se nao afirmar-mos a razão
se nao o fizermos, então rezai
porque nao vejo salvação
estou cheio de vida e sem nada
de tudo o que eu fiz caiu no chão
agora que com alma amargurada
queria voltar a ter uma união
queira Deus e a minha fé
que eu consiga reaver
tudo o que perdi, e até
poder voltar a viver
Miro
06 fevereiro, 2006
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