29 janeiro, 2006

Dignidade

Talvez porque ao ler alguns comentários que como sempre me alertam e mexem de certa forma comigo, faz com que possa deixar aqui duas palavras sobre o que eu considero dignidade.
Provavelmente, para alguns, a dignidade tem algo de força, tem algo de prepotencia, tem algo que se deva pegar na espada, e travar um duelo para honrar a dignidade. Para mim, é tão simples quanto isto, nao me façam a mim, o que nao gostariam que vos fizessem, que traduzido á letra, pode ser interpretado de varias formas, mas é simplesmente isso. Se pensarem que por sermos humildes, calmos, mansos, serenos, meigos, etc, ja poderemos ser saco de porrada que nao nos queixamos, estarão naturalmente enganados, porque efectivamente, mesmo com esses predicados todos, a força da moral, e a força da razão, normalmente faz com que aqueles que se acham no direito de submeter os outros, ou subverter os outros, nao pensem que onde ha humildade, não haja força de dignidade, e que nao se deixe vergar. Como exemplo, e só porque aconteceu, o comentário de alguém que diz que ainda há raiva, e que eu disse que é apenas dôr, é exactamente isso, dôr, porque dá dôr ver esta sociedade a ultrajar tudo e todos, e se não houver dignidade, há permissão para que vejamos outros a serem ultrajados, e então seremos como os ultrajadores porque nada fizemos para nos opormos a esses ultrajes. Não é có com a dita passividade que se faz caridade, mas é também com a acção directa de defesa, dos que sao humilhados, rebaixados, etc, é na defesa deles, que mostramos que temos valores diferentes, e não é estando quietos a ver, porque achamos que devemos ser mansos, e então assistimos a uma panóplia de arbitrariedades, e ficamos simplesmente como obeservadores, sem termos uma palavra da apoio, e de acção para que se acabe com elas, deixando perceber aos pervaricadores, que podem fazer o que acharem melhor, poir ninguem se vai importar, e isto não!
Não podemos assistir a injustiça e ficarmos calados, não poderemos assistir a humilhação dos outros, e ficarmos calados, porque nao estou a falar de pensar em matar os pervaricadores, nem estou a pensar fazer guerra com armas, mas estou a pensar em dizer não, para que nao se confunda covardia com humildade, para que nao se confunda amor com ódio, ou seja, se me revoltar contra quem faz mal, não é por ódio a quem faz mal, mas por amor a quem esta a ser feito o mal, e só por isso é que digo, não mezam com a dignidade humana, sejam correctos, e se virem ou assitirem a actos menos dignos, façam como eu, denunciem, no entanto previnam-se com testemunhas, para não poderem depois serem acusados em tribunal de difamação.
Bem hajam, e nunca confundam humildade com humilhação!

beijos a quem é de beijos

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