Perdoar

Quantas vezes me pergunto porque temos de passar por situações esquisitas, e de perceber-mos que as provas da nossa evolução as vezes nos aparecem de maneira tão simples que nos passam despercebidas.
Se quiséssemos perceber se já sabemos perdoar, ou se já estamos a um nível superior, de elevação moral, bastará olharmos para trás e perguntarmo-nos se a uns tempos atrás, seríamos capazes de pensar da maneira que pensamos, ou agir da maneira que agimos.
Tenho situações que estou a passar, que se fosse a algum tempo atrás, me levaria a explodir e a repelir as pessoas, que de uma forma ou outra agem de forma errada, mas sabendo eu que nem sempre somos nós a agir, tenho de me conter nas observações e considerações que faço, e dar muito mais benefícios da dúvida do que dava.
As vezes, quando temos uma coisa que nos aperta a garganta, ficamos com um nó, e com vontade de rebentar com as coisas, e não deixar que nos façam de “totós e parvos”, mas, se pensarmos bem, as vezes não querem que assim seja, mas agem dessa forma.
Já vi estragarem-se amizades, por não haver calma e serenidade entre as pessoas, e analisarem as coisas como devem ser analisadas, mas, porque as vezes o orgulho e também maior do que deveria ser, e torna-se as vezes egoísmo, o que provoca a desunião entre as pessoas, que na maioria das vezes até se querem bem.
Se a uns meses atrás, perante uma situação de mal entendidos eu mandaria tudo as couves, e não dava hipótese de defesa a ninguém, hoje um pouco mais observador que antes, dedico um pouco mais de tempo a observação e ao pensamento, e chego a conclusão que quando querem que nos zanguemos com alguém é porque …. Já dizia o César….. dividir para reinar, e exactamente porque a inteligência não nos foi dada para não a usar-mos, e a cabeça não é para criar piolhos, que devemos pensar muito mais com paciência e calma, percebemos que querem o que não queremos, e basta para isso, ter-mos bastante amor dentro de nós, deixarmo-nos de raivazinhas, e tudo acontece de uma forma que até nos empalidece.
Pensem só que mais vale ter amigos, e que se estão zangados com alguém perdoem-lhes, se querem ser perdoados, e pensem que uma amizade não se deita pela borda fora, por qualquer coisa, e que se não podemos dizer aos amigos o que pensamos então…. a quem o poderemos dizer? a quem poderemos demonstrar os afectos ainda que as vezes pelo que gostamos das pessoas as desanquemos? Ser amigo é mesmo dar o que temos em prol dos amigos e da família, e sermos compreendidos mesmo que façamos erros, e quando os outros fazem os erros? não é nessa altura que devemos compreender? Não é nessa altura que devemos fazer o exercício de pensar o que gostaríamos que nos fizessem?

Já agora vale e pena pensar nisto.
Beijos a quem é de beijos!