16 fevereiro, 2007

Pedagua

Pedagua

uma porta entreaberta
uma paisagem de Deus
um rio á descoberta
de sonhos meus e os teus

um casario iluminado
um rabelo encostado
um velho embriagado
uma caneca um fado

um ondular que anima
um sorriso enamorado
uma viela uma esquina
a margem do outro lado

um pregão solto ao ar
a roupa a janela a voar
a musica que paira no ar
um abraço que é amar

uma viola que chora
uma guitarra que canta
uma voz que se enamora
da minha pobre garganta

um choriço bem assado
nas chamas de um feitiço
uma magoa do passado
muita gente um reboliço

jovens que amam e beijam
de declarações de amor
as lagrimas que alguns deitam
são perolas da minha dôr

uma alegre cantadeira
um refrão inusitado
um poema de algibeira
um amor desencontrado

uma paixão descoberta
uma sangria desatada
uma porta entreaberta
á minha alma fechada


saiu hoje Luis

Prometido é de vidro

Beijos a quem é de beijos

Miro

3 comentários:

Focke-Wulf disse...

escreve-se eu metade com a razão aquilo que tu tão nobremente escreves com a emoção desse grande coração!!!

muito bem, estas de parabéns Miro!
e o pedagua tem um poema que lhe faz juz em qualidade e beleza!

mais uma vez, parabéns!foi um prazer ler e reler uma montagens de palavras tão bem arrumadinhas =)

um beijo e um quijo

Anónimo disse...

Ora, se maomé não vai á montanha...
Como estás Miro? vejo-te diariamente no msn mas nunca mais apareceu aqui pra me visitar.
Desejo-te tudo de bom!

beijos

Anónimo disse...

e é assim o pe dagua
tao bem desenhado
sem dor sem mágoa
qualquer um fica encantado...

Mais uma vez, tu tas la...ta impeCAvel...

bjs e abracos...