30 junho, 2005

Amar o proximo..

Parece mais uma palavra sem sentido na actual sociedade de consumo, agressiva, e de baixos valores morais.
De facto, se reparar-mos, nos grandes centros urbanos, as pessoas vivem perto umas das outras, as vezes no mesmo andar, e, não se conhecem, nao são capazes de criar amizades, e, passam normalmente a vida a coscuvelhar se o vizinho tem mais que eu, e de que maneira é que vou provar que sou melhor que ele, em vez de, como noutros tempos, termos amabilidade de partilhar momentos e alegrias, como se de família se tratasse, e não como animais em luta constante pelo território.
Onde para a chavena de açucar que se ia pedir a vizinha, quando nos faltava? onde para a entreajuda que havia, quando as pessoas necessitavam? onde parta a solidariedade viva e conhecida, porque para alivio das mentes na maioria das vezes fazemos a solidariedade, mandando para uma conta do banco algum dinheiro, para aliviar as nossas conciencias, mas, nao o fazemos com amor, e com vontade, pelo que esta ao nosso lado, não vá ele pedir mais do que queremos dar. Este egoísmo, esta forma arbitrária de viver, com o respectivo acomodamento, porque ... não é nada comigo... se roubarem o vizinho... coitadinho... mas nao foi a mim... se matarem ou esfolarem alguém no prédio... meto porta de alta segurança... mas nao foi comigo, e pior ainda, se vejo alguem a ser roubado ou violentado a minha frente, afasto-me para longe, nao vá que ainda me possam dar uma facada a mim.
naturalmente com estes pensamentos, os gangues proliferam, as maldadas crescem, o egoísmo torna-se poderosissimo, e a humanidade perde, os humanos quase viram animais de toca, estando atentos a quendo alguém os pode devorar, mas os vizinhos nada fazem para nos proteger, porque nao sendo com eles, estão-se a cagar. Ora se pensassemos que uma vez pode ser com os meus vizinhos, mas outra ser comigo, e se ajudarmos agora, amanha seremos ajudados, talvez com esta maneira simples de fazer solidariedade, este país, talvez se torne um sitio ainda melhor para se viver, e se todos nos importarmos com TODOS, talvez os governantes, vejam que nao podem fazer o que querem arbitrariamente contra as populações e a favor dos grandes grupos económicos, e talvez, digo eu, talvez, percebam que o povo quando se revolta, não lobbys que o aguentem, e talvez, mais uma vez talvez, eles se preocupem com o povo, porque sendo o povo solidario, esta sempre preocupado com os vizinhos, e nao tapa o sol com a peneira, quando acontece alguma coisa ao vizinho.
Ja agora vale a pena pensar nisto.
Beijos a quem é de beijos

1 comentário:

Undisclosed disse...

Nunca gostei de jardins zoológicos e cada vez acho mais que andamos num gigante...do tamanho do mundo...ou isso ou isto é uma selva...quem sabe ;)