13 novembro, 2006

Voltaram os momentos

Sabado foi um dia cheio. Começou pelo telefonema do meu melhor amigo a convidar-me para um café da parte de tarde, e acabou no pedagua, com os verdinhos, e com pessoas que ja ha muito nao via. Genie, Joao, Helena, Mafalda, Ana, Patricia e o seu brasileiro, Pedro, Ligia, Ricardo, Dina, enfim e outros que nao me lembro dos nomes, que encheram a casa e me fizeram recordar os velhos momentos que passava no pedagua, com a familia que la se criou, e que embora afastada, parece que tudo esta a voltar como antigamente.
De todas estas situações, a que me mais me marcou, foi uma pessoa que andou desligada imenso tempo da lides, e que me veio perguntar se eu ia para italia, que foi o Thiago, ao que respondi que segunda vou tratar do passaporte, e se mo derem, nao posso recusar a oferta que me fizeram para ir para lá, ao que ele quase com a lagrima no olho me disse: uma coisa é nós nao te vermos mas sabermos que estas aqui, e sabemos que se precisarmos podemos contar contigo, outra coisa é sabermos que estas a 2500 km de distancia e que nao poderemos sentir o teu apoio. Depois de lhe dizer que efectivamente nao contava que ele dissesse isso porque ja nao aparecia a imenso tempo, ele disse que.... só damos valor ao que temos, quando o perdemos.
Fiquei lisongeado com o que ele disse, emotivamente com a lagrima quase a cair do olho, e só lhe pude dizer que... é sempre assim, só se valoriza o que se tem, quando se perde, mas que efectivamente se alguma coisa nao mudasse na minha vida ate ter o passaporte na mão, nao teria mais escolhas, pois ja nada me prende aqui, e a oferta que me foi feita, nao e recusavel, uma vez que é para trabalhar toda a america do sul, angola, moçambique, e peninsula ibérica, com condiçoes que aqui nao teria de ordenado, e com as despesas de representação todas pagas.
Se os sinais de mudança se estão a reflectir, espero mesmo que as coisas mudem, pois também me custa deixar as ligações afactivas que cá fiz, mas, estou a aprender uma coisa que não queria aprender, e que estou forçado a aprender, que é pensar em mim primeiro, porque até aqui, sempre pensei nos outros sempre me preocupei com os outros, qual tentativa de livrar o mundo do mal, de salvar este mundo tão cheio de gente má, hipócrita, falsa, traiçoeira, que esta sempre pronta a usar os outros a seu belo prazer sem olhar a meios para atingir os fins.
É neste sentimento que procuro ar novo, mudar de ambientes, deixar para tras os que tentei sempre por em primeiro plano, descuidando a minha pessoa, deixando para tras a minha vida, lutando com toda a minha força para que as mas pessoas nao vencessem, e nao conseguissem violar e violentar os outros, pois quando uma pessoa nao é ela propria e esta dominada por efeitos como se fossem drogas, e estão submetidas a esses escroques, são violadas e violentadas, com a autorização dos outros que nao sabem o que estão a fazer e, debaixo de que dominios.
É por saber de tudo isto, e que me arrepia, e que me revolta, mas que nao posso fazer nada a nao ser rezar para que mude, que estou cansado de ver tanta maldade, e sentir tanta frustração por ver vencer gente hipocrita, gente egoista ao mais baixo nivel, gente sem principios, que acho que chegou o momento de me retirar, e de pensar que um dia o mundo mudará por si proprio, que um dia as pessoas acordarão do sono a que sao submetidas, e nessa altura, olharão para si proprias com revolta, com amargura, por terem sido usadas, violadas, maltratadas, com um sorriso hipocrita, e com charme associado.
Com algumas pessoas consegui, e agradeço a quem eu consegui que se libertasse das amarras de gente má, que hoje reconhecesse que era de tal maneira feito, que mesmo apanhando porrada nao queriam sair de lá, só que os há, que nao dão porrada fisica, mas dão pior, porque som sorrisos hipocritas, e com maneiras simpaticas a despejar charme, sao ainda piores, porque sao os pulhas de luva branca.
Como nao sou Deus, nem pretendo assumir esse papel, remeto-me a minha insignificancia, e deixo que o destino se encarregue de tratar dessa gente, desses pulhas, e de lhes dar a factura que eles proprios semearam, e nessa altura, possam colher todo o mal que fazem, toda a violencia que praticam com as manipulaçoes que fazem, qual droga que poe as pessoas a pensar que é aquilo que querem.
Cansado de ser o amigo, cansado de ser aquele que luta e da tudo pelos outros, cansado de ser aquele que abdica de si para tentar fazer aos outros o que gostaria que lhe fizessem, vou tentar mudar tudo, mudando definitivamente de país, de gente, de costumes, e de vicios, nao sem deixar uma palavra amiga, e parafraseando alguém que um dia disse... Amigo não de sempre, mas para sempre...


Estareis todos no meu coração, e levarei sempre comigo as vossas imagens, e o amor que vos deixo, sejam capazes de o partilhar com quem dele necessite, e a aprendisagem que tiveram ao meu lado, da minha abnegação para convosco, tentem faze-la a quem dela necessitar, como eu a fiz convosco.

Mil abraços e.... ainda nao fui

Miro

1 comentário:

Undisclosed disse...

Ainda não foste nem nunca irás, não há bilhetes para fora de corações :) . Conta os kilómetros que quiseres que a distância vai ser sempre de uma batida de coração para todos que te adoram e a que eu tenho a felicidade de pertencer.

P.S - Depois conversamos melhor que eu não sabia de nada!! :)

Abraço madurolas!