Na minha vida,
ja vivi desilusões
de tanta dor sofrida
com poemas e canções
ja fui grande
fui senhor
ja fui mestre
fui maior
ja estive la no cimo
em torres de ouro e marfim
onde tocava o sino
para chamar só por mim
ja fui o que sempre fui,
mas fui sempre o mesmo, igual
e por mais que eu nao queira
fui sempre o mesmo mortal
a vaidade não a tive
quando vivia muito bem
a inveja e a cobiça, que prive
com quem mais lhe convém
mas, nao foi em minha casa
que elas bateram a porta
pois sempre tive lugar,
para gente humilde e rota
de mim nao sei que pensaram
mas, fui rei por alguns momentos
nunca caí, nem me tentaram
mudar os meus pensamentos
fui o sou, ainda agora
mesmo sem nada, serei
o rei, deste meu reino que chora
pelo amor que sempre dei
nao me sinto desgraçado
nem me sinto miserável
sinto-me mais um bocado
do que para vós é impensável
um pedaço de luz divina
que tenta em exposição
aprender com sua ruina
que não se ama em vão
e que levareis vós daqui
quando deixares esta terra
levareis o que perdi
levareis o que me enterra?
eu só levarei comigo
o amor que vos deixei
e nao corro nenhum perigo
pois sempre e sempre amei
amo todo o semelhante
que mereça meu amor
e perdoo ao inconstante
pois será um sofredor
perdoai-me se mal vos fiz
em alguma ocasião
pois foi o que nunca quiz
fazer mal a meu irmão!
beijos a quem é de beijos!
23 agosto, 2005
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