17 junho, 2006

A Maldade com cariz de amor

Uma das coisas que mais me arrepia, em termos de actitudes de pais para filhos, é a necessidade que as maes, na grande maioria dos casos, são capazes de fazer aos filhos, para que aconteça o que elas querem em detrimento da vontade deles.
Ontem numa reunião que tive, a ler um texto, entre muitos paragrafos do evengelho estava lá este que demonstra muito bem o quanto é nociva a actitude de algumas pessoas, ainda que lhes queiramos dar um cunho de amor.
..."A culpabilidade é sempre relativa ao grau de compreensão, mas o mal é sempre o mal e todos os nossos sofismas não transformarão em boa uma acção ruim."...
Quer isto dizer que, não adianta eu querer dar um cunho de amor a uma actitude, dizendo que estava a tentar proteger a pessoa de quem eu gosto, ao fazer uma macumba para desviar, ou amarrar alguém a favor de alguem ou contra alguem.
Não adianta eu dizer que queria o melhor, porque apenas queria impor a minha vontade, queria que o meu orgulho e a minha vaidade se mantivesse, que em termos sociais, e pudesse dizer ao mundo que controlei e nao deixei que acontecesse o amor, porque era diferente, porque isso é FAZER MAL, e não adianta tentar meter floreados pelo meio, pois o mal é sempre o mal.
Ora, quem faz o mal, tera a sua factura para pagar, e naturalmente, começará a pesar-lhe a maldade sobre os ombros, e se calhar, só mesmo quando tiver dôr demais, ou quando nao tiver alternativa, virá a anular o mal feito.
Se estais a perguntar porque será que uma mãe faz isto a uma filha ou a um filho, a resposta será simples, porque efectivamente as pessoas ainda nao estão elevadas moralmente, e se são infelizes e sobrevivem aos casamentos sem felicidade, acham que o devem impor aos seus, desde que a sociedade esteja em acordo.
Será que haverá pior maldade do que aquela em que, como aconteceu comigo, poderemos casar com alguem contra a nossa vontade, embora nao o saibamos, para depois sermos infelizes toda uma vida? Será que uma mãe estará a dar amor quando faz uma macumba para afastar o que ama a sua filha, para a empurrar para o colo de alguém que nao ama, mas que a faz pensar que sim, devido aos efeitos externos? Será que isso é amor?
Como disse naquela pequena frase, não adianta andar com sofismas, pois o mal é sempre o mal, ainda que o queiramos vestir de outra coisa.

Arrepiado com o mundo que cada vez mais não é o meu, deixo no ar estas situações para que meditem e pensem em nunca deixar que vos façam e, que nunca façais aos vossos filhos.

Miro

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