04 junho, 2006

Vigiar e orar

Quantas vezes aqui escrevi que se nao soubermos rezar e vigiar o que nos cerca, estamos sujeitos a sermos comidos pelos que nos cercam, que se intrometem na nossa cabeça, e no nosso coração, e nos fazem sentir coisas que nao deviamos sentir. Quantas vezes disse aqui, para que a almas menos atentas percebam que.... quem te sorri te engana e quem te ama sofre por ti... mas que de facto, as pessoas tão iludidas com o seu ego, e com o seu statos, se deixam envolver pelos embrulhos, e ficam deslumbrados com os embrulhos, até que os conteúdos se mostrem e provem que de facto valem os embrulhos que teem?
De facto, escrevi bastante sobre isto, e sobre muitas outras coisas, para que as pessoas saibam bem o que pretendem da vida, e nao se deixem enrolar, preterindo os sentimentos em prol da vaidade, e do orgulho, que esse é o caminho mais rápido para o sofrimento.
É claro que quando gostamos de alguém, seja amigo, amiga familiar ou não, nao queremos ver essas pessoas a encaminhar-se por caminhos de areias movediças, e que as levam direitinhas a onde nao devem, com o respectivo custo da desorientação que tiveram, e tentamos que elas nao tropeçem, que elas nao caiam no erro, quantas vezes, tocamos sinos de alerta, tocamos musica de fundo, pomos as sirenes a tocar, e somos mal compreendidos, mal estimados, mal amados, porque queremos o melhor para os que nos estão próximos, e eles normalmente cegos, não conseguem ver absolutamente nada, e ainda troçam ou escarneiam de nós.
É mesmo assim quando gostamos das pessoas, aguentamos o escarnio, aguentamos a dôr, aguentamos o sofrimento, mas, tudo tem limites, e, por mais que nos custe ver que determinada pessoa se vai estampar, que determinada pessoa se vai perder, nao podemos fazer mais que, por amor, esperar que a dôr seja pequena, e que a pessoa tenha aprendido com os erros, embora, ja nao estejamos mais com ela, nem ao lado dela, porque nao podemos permitir que as pessoas repitam os erros constantemente, e nos façam sofrer por mais que uma vez, e nós aguentemos pacientemente essa dôr, essa angústia de ver que somos impotentes para proteger quem amamos.
Por mim, tenho uma regra que sempre me fez andar pelo caminho certo que é, desde que tenha feito o que estava ao meu alcance para ajudar as pessoas, e tenha a minha consciencia tranquila de ter feito o que podia, a partir daí, saio da vida dessas pessoas, e espero que elas descubram o caminho por elas, com as respectivas cicatrizes, que não acontecem só aos outros, e que não é por hoje tudo nos correr bem, que amanha, não cai o castelo que se criou, e disso, infelizmente sou o melhor exemplo, porque tudo tinha, tudo andava bem, tudo funcionava e ganhava muito dinheiro, era estimado e considerado, e pelos pinguins bancários, com aqueles sorrisos treinados para melhor subirem enquanto formos escadas, mas quando estamos em dificuldades fogem a sete pés e nao nos conhecem, se temos muito dinheiro somos dons ou srs, se nao temos somos bagabundos, é assim que as coisas acontencem, e essas lições que aprendi, custaram-me nao ter comida, não ter dinheiro para nada, custaram-me a minha saude fisica, custaram-me a minha sanidade, mas graças a Deus, depois de ter passado a tempestade que nao desejo ao pior inimigo o que passei, esta tudo a mudar, ainda que as vezes pareça que ha coisas que teimam em nao mudar. Por estes motivos todos é que eu estou sempre a pedir, sempre a rezar para que aos meus amigos nao aconteça o que me aconteceu, porque nao adianta criar castelos, nem adianta ter titulos, que quando vier o vento, tudo cai.

Beijos a quem é de beijos, e abraços a quem é de abraços!

Miro

1 comentário:

Anónimo disse...

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