06 julho, 2005

É dando que recebemos

Quantas vezes pensamos no vazio que sentimos na nossa vida, porque apesar de muito trabalharmos, e de muito nos desgastarmos, nao temos um pouco de felicidade, ou seja, nao sentimos aquela chama interior que nos faz sentir bem, mesmo depois de muitas amarguras passadas durante o dia. Poderia dizer que se nao andarmos distraídos e nos dispusermos a ajudar os outros, mesmo com as nossas vidinhas de merda, acabamos por receber imediatamente que ajudamos alguém, a alegria e o amor de ver essa pessoa feliz, mais forte, a caminhar novamente, e a alegria que isso provoca em nós é tão grande, e o amor que isso nos faz sentir é tão sublime, que quase da apetite de não fazer mais nada.
Se nos dispusermos um pouco, é só mesmo um pouco de nós a ajudar os que necessitam, e nao precisamos de andar a procura deles, pois estão sempre a nossa volta, aqueles que precisam de uma palavra, de um conforto, de uma mão, de um ombro amigo, e que na maioria das vezes, sem darmos conta, não temos tempo para eles, pois estamos cegos com os caprichos que a matéria nos faz.
Se quisermos dar um passinho no outro sentido, basta que queiramos dispor de um pouco de amor para com alguém que esta com uma lagrima escondida, e verão que logo de seguida, mal acabemos de emprestar um ombro, sentimos um calor emocional a entrar dentro de nós, como se de energia atómica se tratasse, e que nos faz ficar mais felizes, mais fortes, e menos amargurados com a vida.
Dizia São Francisco de Assis, na sua oração, que é dando que recebemos, que é perdoando que somos perdoados, e que é amando que somos amados, e eu, sou um pouco a prova viva dessa oração, pois cada vez mais tenho gente a minha volta que eu amo, e que me ama, a quem eu perdoo, e que me perdooa, a quem dei, e que me dá!
É um exercício pequenino que poderão fazer, mas nao podem faze-lo com a intenção de receber, mas sim de dar sem esperar nada em troca, sem interesses, dar, sem cobranças, doar-se em toda a sua plenitude, sem esperar recebimentos, porque se espera recebimentos, então não deu, alugou, emprestou, mas não deu, e depois, é só esperar, porque nao iremos receber a quem demos, mas aparece alguém que não nos conhece de lado nenhum, e que abre o seu peito e a sua alma, e nos enche de muito amorr, que as vezes é regado com lagrimas de alegria.
Façam a experiencia, e dar amor nao custa nada, basta te-lo, dar amizade nao custa bens materiais, basta querer, dar solidariedade e compaixão, só nos enriquece.

Já agora vale a pena pensar nisto
beijos a quem é de beijos

1 comentário:

Anónimo disse...

Oh pai do Nuorte! Tenhos saudades tuas... prontos já disse!