20 julho, 2006

Dançar ou amar são precisos dois

O amor nao pode ser unilateral, assim como para se dançar bem, tem de se ter par. Não se pode ter uma parte a dar tudo, e a outra a nao dar nada e até as vezes andar como os caranguejos. Por muito que se ame alguem, como disse numa celebre frase ao iniciar um blog, o amor é como a prata, de vez em quanto é preciso polir, ou então como as plantas, que é preciso regar cuidar e dar luz para que cresçam.
Quando nos damos a alguém e continuamos sempre a dar e a dar, e a levar patada, começamos a cansar, e depois de analizarmos as coisas, ponderamos para saber se de facto vale a pena, ou se apenas nós amamos, e da outra parte apenas recebemos a dor. Se assim é, então é melhor reformular as coisas, e passar a frente, porque ninguem consegue andar sempre a dar o seu melhor, e estar sempre na expectativa de que tudo ha-de correr bem, se fôr unicamente ele ou ela a dar, mas sim quando os dois dão.
Se nao se alimenta, o amor desgasta-se, e acaba, e depois de acabar, nao há retorno, pois a dor começa a ser maior que a felicidade, começa a pesar mais na balança. e em vez de olharmos para as coisas que nos deram felicidade, começamos a pensar na dor que nos traz, e pesando, achamos que o equilibrio se perdeu, e ja nao vale a pena esforçarmo-nos para tentar algo que ja nao existe, ou que nao há vontade da outra parte de alimentar. É mesmo assim que as coisas acontecem, e como ja aconteceram outras vezes, pelo menos comigo, enquanto me dou, é sinal que a balança ainda esta favoravel a pessoa, mas quando deixo de me dar, é porque o fiel ja nao se mexe para lado nenhum e esta em equilibrio, dai a achar que ja nao vale a pena, é so mais numas gramas e o fiel passa pra o outro lado, e aí pesa mais a dor que o amor, e ja nao vale a pena pois isso acarretaria estar com uma determinada pessoa e so lembrar o mal que nos fez, ou lembrar o que sofremos com ela. Como disse, para dançar ou amar são precisos dois, e se nao existe o dois, então é porque nao é para dançar nem para amar.

Já agora vale a pena pensar nisto


beijos a quem é de beijos

Miro

2 comentários:

Anónimo disse...

Tanta amargura nos leva a ter certeza que teu sofrimento ainda é latente e que tem doído por demais. Como temos conversado, o tempo é crucial e eu já expus meu ponto de vista, ou seja, dê-se um tempo a si mesmo. Um tempo de verdade. Um tempo de busca pela paz interior. Um tempo de orações. Tenho absoluta certeza que alcanças tua meta. Torço por ti.

Anónimo disse...

Ora nem mais... é isso mesmo :)

Ainda muito recentemente tive um discurso semelhante para com uma pessoa que estava a precisar de o ouvir...

E o retribuir não pode ser só palavras, não basta dizer "tb gosto muito de ti". Há uma altura em que os actos têm de ser concordantes com as palavras, caso contrário algo está mal e as coisas não podem continuar como estão.

Ontem num episódio de uma série televisiva ouvi uma frase com a qual concordo bastante: "se uma relação está a dar muito trabalho a manter, é porque talvez não valha a pena".